terça-feira, 10 de julho de 2012

Dilma recebe Eduardo Campos e reafirmam projeto nacional


 A presidente Dilma Rousseff defendeu, na noite desta segunda-feira, que as divergências entre o PT e o PSB nas eleições municipais não podem contaminar o governo federal. Dilma recebeu os governadores de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, e do Ceará, Cid Gomes, para tratar dos problemas políticos que levaram ao racha entre os dois partidos em importantes capitais como Recife, Fortaleza e Belo Horizonte. Foram três horas de conversa, com a participação também do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
- Não conseguimos chegar a uma conclusão de onde começou (a divergência entre PT e PSB). Temos queixas de todos os lados. Onde não fizemos alianças, vai haver disputa eleitoral. Agora, eu repito - a presidente disse muito bem - não confundir uma eleição municipal com um projeto nacional, onde somos aliados e estamos do mesmo lado há muito tempo. Na conversa, todos reafirmamos o nosso desejo de permanecer assim - afirmou o petista Paulo Bernardo.
Segundo Paulo Bernardo, a avaliação na reunião foi que a aliança nacional entre PT e PSB "se sobrepõe a qualquer questão local". Para o ministro, os municípios onde os dois partidos não conseguiram fazer coligação são uma minoria.
- Achamos que é importante que essas disputas locais sejam circunscritas, sejam tratadas como eleições municipais. Ou seja não vamos misturar eleições municipais com um projeto maior onde todos nos colocamos de acordo - afirmou Paulo Bernardo.
Ele disse que Eduardo Campos, Cid Gomes e Dilma "reafirmaram a importância de manter um projeto comum no plano nacional". Logo em seguida, Eduardo Campos concordou:
- Não vamos trazer de forma nenhuma para o plano nacional ou o plano estadual as divergências de um município aqui e outro acolá.
O governador afirmou que o PSB vai continuar apoaindo o governo Dilma, mas sem submissão. Segundo Eduardo Campos, a prioridade do partido é manter a aliança nacional com a presidente.
- O PSB nunca foi um partido de barganha, não. Crescemos fazendo política com coerência, com lealdade, mas sem submissão - afirmou.
Diante de avaliações de que a movimentação do PSB visa o fortalecimento do nome de Eduardo Campos para a sucessão presidencial em 2014, o governador disse que o projeto do partido é apoiar a reeleição de Dilma.
- Não interessa ao PSB nem a presidente Dilma criar qualquer crise ou dificuldade. Temos muito claro, e a presidente tem muito claro, que o PSB é um aliado de primeira hora, é um aliado correto que traz conteúdo positivo para o governo. Temos claro que o nosso objetivo é ajudá-la a fazer um grande mandato para poder ser candidata em 2014 com apoio do PSB - afirmou.

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