quinta-feira, 18 de junho de 2009

LÍDICE INSTITUI GRUPO DE TRABALHO QUE VAI ANALISAR REIVINDICAÇÕES DE HOSPITAIS PARTICULARES FILANTRÓPICOS

Brasília- A coordenadora da Bancada da Bahia na Câmara, deputada Lídice da Mata (PSB-BA) instituiu um grupo de trabalho que inclui um representante dos empresários para estudar os dados e os impactos das medidas apresentadas pelos representantes da Saúde Suplementar, durante reunião realizada ontem(16) em Brasília.
De acordo com a deputada, com as informações desse grupo os deputados irão ao Ministro da Saúde, José Gomes Temporão e à Ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef apresentar uma proposta que possa resultar até mesmo em uma medida provisória que solucione o problema.Todos os parlamentares do estado, com a exceção de quatro que não se encontravam em Brasília, participaram da reunião.
As principais reivindicações apresentadas à Bancada foram o reajuste da tabela do Sistema Único de Saúde e dos convênios, redução da carga tributária e financiamentos específicos para o setor de saúde suplementar.O encontro se estendeu por quase quatro horas e o debate apontou vários caminhos para a solução dos problemas do setor. Entre eles a mobilização de toda a bancada, independente de partidos, para buscar a sustentabilidade das entidades da saúde suplementar.
De acordo com o Dr. Marcelo Brito, presidente da Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia – AHSEB, que liderou o grupo de dirigentes dos 25 maiores entidades do setor, que esteve em Brasília, só no estado da Bahia, a saúde suplementar gera mais de 19 mil empregos diretos e 120 mil indiretos e tem faturamento de 1,4 bilhão de reais por ano.
Segundo ele, a saúde suplementar, mesmo sendo responsável por 58% de todas as internações realizadas no estado, é pago com base em tabelas defasadas tanto no SUS como nos planos de saúde. Além disso, o setor enfrenta a sequência de quebras de planos de saúde que deixam prejuízos milionários. Marcelo também reivindicou a criação de linhas de crédito específicas para a saúde suplementar.
O debate incluiu a participação do secretário de saúde do estado da Bahia, Jorge Solla que destacou o papel da saúde suplementar como setor produtivo. “Precisamos transformar a imagem criada sobre o setor de ser um consumidor de recursos para a de um setor que gera riquezas para o país, tendo como exemplo, os dados citados pelos representantes das entidades baianas” alertou Solla.
Também o presidente da Frente Parlamentar da Saúde, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), participou da reunião e ressaltou a importância da ampliação da luta dos hospitais, santas casas, clínicas e laboratórios para todo o país. “A Bahia inicia um movimento que pode resgatar a saúde suplementar brasileira como um todo” afirmou. Como uma das reivindicações do grupo é relativa à redução da carga tributária, o relator da PEC da Reforma Tributária, deputado Sandro Mabel (PP-GO) também compareceu ao encontro e apresentou os principais tópicos da reforma aos dirigentes.
O presidente da Confederação Nacional da Saúde, José Carlos Abraão, participou da reunião e garantiu aos parlamentares que a Saúde Suplementar precisa, urgentemente, do atendimento das reivindicações para continuar gerando empregos como os 45 mil gerados mesmo durante o período de crise internacional do ano passado.

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