quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Na abertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa, Wagner defende o projeto da ponte Salvador - Itaparica e o amplo debate sobre o assunto

Na abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), defendeu o projeto da ponte Salvador-Itaparica, que motivou críticas de João Ubaldo Ribeiro e outros urbanistas baianos. Durante o discurso , Wagner elencou mais uma justificativa para a construção da obra : reduzir a densidade demográfica de Salvador, com a ocupação dos espaços da maior ilha marítima brasileira e do Baixo Sul baiano. O governador afirma que o sistema marítimo do ferryboat será insuficiente para a expansão do fluxo de veículos. E não cogita desistir da ideia. Trechos do discurso do governador sobre o projeto:
"Debate Anima"
"Um novo vetor de crescimento surgirá da interligação da Via Expressa com a futura ponte Salvador-Itaparica, que expandirá para o vetor Oeste, ligando Salvador à 242, à 001 e ao Baixo Sul. E aqui me permitam um comentário. Creio que qualquer obra da magnitude de uma ferrovia, da ponte Salvador-Itaparica, ela sempre aquecerá o debate. Eu creio que não há melhor forma de aprimorar os projetos do que num debate (leia artigos sobre o tema) . Nessa Casa, fora dessa Casa, em todos os ambientes daqueles que pensam a nossa terra, de urbanistas, de engenheiros, de projetistas, de ambientalistas, e portanto creio que o debate que está em curso sobre a questão da ponte a mim pessoalmente me anima.""Densidade demográfica""Creio que o prefeito da capital sabe disso, que nós temos a maior densidade demográfica entre todas as capitais do País. Entamos pertos de 9.000, 9.500 habitantes por km quadrado. Todos reconhecemos que Salvador não tem mais território pro seu crescimento. Todos queremos a integração da nossa capital com a beleza que é a baía de Camamu e o Baixo Sul. O ferryboat já experimentou 30% de incremento só com a inauguração da BA-001. Quando agora fizermos a interligação de Canavieiras a Belmonte, seguramente esse meio de transporte ficará cada vez insuficiente para o fluxo que nós teremos descendo seja para negócio, seja para o turismo, descendo pelo Baixo Sul da nossa terra. São muitos os empreendimentos de hotelaria que se preparam naquela região.""Ferry não é transporte do futuro""Portanto, eu creio que o pensar a ponte não é um pensar de alguém que quer uma obra que leve seu nome. Até porque uma obra como essa demandará quatro, cinco anos, entre projeto e construção. Mas eu não tenho dúvida nenhuma que da forma como está sendo preparado, com o debate que será feito com as populações de Vera Cruz, de Itaparica, de Salvador, no Baixo Sul, com essa Casa seguramente, com as Câmaras de Vereadores, com os debates nas audiências públicas, nós poderemos aprimorar e garantir que esse projeto venha ao encontro do sonho de nossa gente, que quer desfrutar uma ilha preservada, mas quer ter um acesso mais fácil para essa ilha, para esse presente que Deus nos deu. Que nós queremos interligar Salvador com o Sul e com o Baixo Sul. Portanto, isso só pode ser feito não através do sistema de ferryboat, que por mais que nós consigamos melhorá-lo, seguramente ele não é um transporte do futuro, ele não é uma garantia.""Ainda mais, pensando como nós pensamos essa ponte, interligando ela, que passará a ser o quilômetro zero da BR-242, ou seja, trazendo todo o fluxo de Brasília e do Oeste baiano para chegar diretamente ao Porto de Salvador, numa via segregada, eu não tenho dúvida que através de um processo de concessão, com a participação do Estado, nós viabilizaremos essa ponte para a tranquilidade da gestão municipal de Salvador e para a garantia de um desenvolvimento sustentável da Ilha, do Baixo Sul e do Sul do Estado."

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