quinta-feira, 8 de abril de 2010

Lídice diz que matéria da Veja foi estupidez

O pretexto de tratar de tema relacionado a investimentos do governo federal matéria considerou a Universidade de Recôncavo Baiano como “elefante branco”.
Ao defender ontem (7) na Comissão de Educação e Cultura da Câmara Federal requerimento que foi aprovado, solicitando uma audiência pública para discutir a implantação da Universidade Federal no Oeste, a deputada Lídice da Mata (PSB/BA) apresentou voto de repúdio em nome dos baianos a matéria divulgada na Revista Veja, edição da semana passada, onde a pretexto de tratar de tema relacionado a investimentos do governo federal, classificou a Universidade Federal do Recôncavo Baiano como “Um elefante branco no sertão”.
A deputada considerou “uma estupidez”, o conteúdo da matéria, que segundo ela demonstra total desconhecimento da realidade baiana a começar pela localização da universidade “O Recôncavo Baiano não é sertão é uma das primeiras áreas de urbanização existente na América Latina, sem nenhuma relação geográfica ou climática com o sertão de nosso estado. Foi a região mais rica e mais desenvolvida da Bahia no período colonial, que já tem cinco Faculdades em funcionamento”, acrescentou.

Lídice se solidarizou também com o professor Paulo Gabriel Soledad Nacif, reitor da Universidade Federal do Recôncavo e ao esforço que ele vem empreendendo de implantação de uma experiência de Universidade Federal multi-campi, em uma região que contribuiu muito para o desenvolvimento econômico do Brasil, onde existe um patrimônio arquitetônico e cultural da maior importância, tanto que resguarda uma cultura afrodescendente, que atrai turistas norte-americanos e de outros países em busca dessas raízes, na cidade de Cachoeira.
A deputada pediu apoio dos demais integrantes da Comissão para reforçar a luta para a criação de mais universidades federais no interior do Estado, “fazendo jus à contribuição que tantos baianos deram ao crescimento cultural do país”. Disse que a Bahia com 14 milhões de habitantes, possuiu apenas três Universidades Públicas Federais, com unidades na capital, que já tem 64 anos e duas mais recentes, no Recôncavo e do Vale do São Francisco. “O Estado não pode continua nessa situação com essa defasagem enorme entre demanda e oferta de vagas na rede oficial de ensino público superior”, comentou.
Disse que há um esforço do governo e das forças políticas da Bahia pela criação de novas Universidades Federais, inclusive o compromisso do Presidente Lula de levar em conta a luta do povo baiano pela interiorização do ensino universitário federal. “Nós temos no Oeste da Bahia, em Barreiras, uma extensão da universidade Federal que já tem seis cursos e temos um sonho de fazer com que, a exemplo da Universidade do Recôncavo Baiano, ela se constitua em um núcleo da nova Universidade do Oeste Baiano. Estamos propondo a audiência pública, para que em um ambiente formal que permita com que caravanas de alunos, professores e a população do oeste baiano, juntamente com representantes do Ministério da Cultura e prefeitos possam discutir esse assunto que é de grande importância para a Bahia”, acrescentou a deputada.

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