sexta-feira, 4 de maio de 2012

Lídice sobre a CPI do Cachoeira : Temos que colocar foco

Agilidade é a palavra de ordem da senadora Lídice da Mata (PSB-BA) para o sucesso da CPMI do Cachoeira. Na opinião da representante baiana na comissão parlamentar que investigará o envolvimento do contraventor Carlinhos Cachoeira com agentes públicos, não há motivos que justifiquem uma prorrogação do prazo para apuração, depoimentos e votação do relatório, apesar do volume de provas a serem analisadas. O prazo regimental da CPMI é de 120 dias, prorrogáveis por mais 60. Nesta quarta-feira, (02), Lídice testemunhou a entrega das nove mídias digitais das informações relativas às operações Monte Carlo e Vegas, em poder do Supremo Tribunal Federal (STF), ao presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), e ao relator, deputado Odair Cunha (PT-MG). "A tentativa de prolongar a CPI à luz dos holofotes pode levar a alguns exageros. Temos que colocá-lo no foco correto", declarou Lídice, que afirmou não ter opinião formada em relação à polêmica em torno da criação ou não das subrelatorias, mas que, em princípio, é favorável a tudo o que venha favorecer a agilidade do trabalho. "De qualquer forma vai ter de haver grupos de trabalho, é impossível restringir a uma pessoa só o o volume de informações da CPI". Para a senadora, o fato de já ter parte de seus envolvidos punidos com prisão, caso de Carlinhos Cachoeira, ou mesmo em processo de investigação pelo Conselho de Ética do Senado, como o senador Demóstenes Torres, torna a CPMI do Cachoeira "peculiar". Lídice acredita que um dos desafios da comissão será responder de forma equilibrada à expectativa da opinião pública criada com a divulgação de gravações pela imprensa. De qualquer forma, admite ser assustador o nível de influência exercida por Cachoeira entre políticos. "É chocante a desenvoltura que ele tratava com as autoridades".

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