terça-feira, 23 de novembro de 2010

Lídice defende Estadualização do Metrô de Salvador

A senadora eleita do PSB Lídice da Mata defende a estadualização do Metrô de Salvador, como forma de resolver o impasse do metrô da capital baiana, que já consumiu R$ 1 bilhão e mais de 10 anos em obras e permanece sem perspectiva de ter o trecho de apenas 6km inaugurado.
O Metrô foi vendido à população de forma irresponsável. Até imagem dos trens com gente dentro a gente já viu em propaganda eleitoral, Sorte que a nova legislação não permite mais este tipo de manobra”.
A declaração é da deputada federal e Senadora eleita pelo PSB Lídice da Mata.

Já para o senador eleito Walter Pinheiro (PT), o governo do Estado cumprirá a promessa de campanha e assumirá a operação e a construção do segundo trecho do metrô de Salvador. O parlamentar assegura que é objetivo do Estado ainda punir os culpados pelos desvios de verba pública verificados na obra. Para tanto, uma comissão formada por membros do governo mais parlamentares irão ao Tribunal de Contas da União (TCU) pedir que este ingresse junto ao Ministério Público com o objetivo de investigar e punir os responsáveis, e ainda solicitar à Justiça que permita o cancelamento da licitação das obras e a retomada de todo o processo sob o comando do governo da Bahia. O TCU constatou sobrepreço de R$110 milhões.
O deputado ainda compra outra briga, agora com a Prefeitura, ao defender a construção de uma linha de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) na Parelela, ligando o Aeroporto ao Metrô – O Executivo municipal optou pelo modelo do BRT, que são linhas exclusivas de ônibus
O governador Jaques Wagner evitou fazer qualquer juízo de valor sobre a questão, mas entende que a estadualização é uma alternativa, em face aos reduzidos índices de arrecadação e a capacidade de endividamento do município de Salvador. Wagner , confirmando ponderações durante o período eleitora , iniciou ontem a negociação entre Estado e Prefeitura.
Na reunião na tarde de ontem, 22/11, entre o governador Jaques Wagner (PT), o prefeito João Henrique (PMDB) e o vice-prefeito Edvaldo Brito (PTB), na sede da Governadoria, no CAB, a prefeitura e o governo do Estado decidiram instalar um grupo de trabalho (GT) para definir como será feita a operação do metrô de Salvador.
O prefeito João Henrique já havia declarado que a prefeitura não dispõe de recursos para bancar o funcionamento do metrô. Por seu lado, o governador Jaques Wagner, tem se mostrado aberto à possibilidade de o Estado contribuir financeiramente com a operação dos trens.
De acordo com o prefeito, o governador Jaques Wagner irá conversar sobre o assunto com o ministro das Cidades, Márcio Fortes (PP).
Após 11 anos de obras, e há três meses de perder a garantia de fábrica dos trens, a prefeitura não sabe – ou não divulga – qual o custo estimado para a operação do metrô.
A prefeitura também não dá prazo para o uso do metrô pela população. “Fica muito difícil você dar um prazo, quando há quatro esferas envolvidas: prefeitura, Estado, União e iniciativa privada, se for licitado”, justifica o prefeito João Henrique.
Irão compor o GT o vice-prefeito e o secretário municipal de Transportes e Infraestrutura, Euvaldo Jorge, pela prefeitura, e o secretário estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Cícero Monteiro, e o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), Milton Villas-Bôas, representando o Estado.
*Com informações do A Tarde.

Nenhum comentário:

Postar um comentário