sábado, 29 de agosto de 2009

Lídice participa dos 30 anos da Lei da Anistia

A deputada federal Lídice da Mata (PSB), (foto)membro da Comissão de Anistia da Câmara, participou ontem (28) da comemoração dos 30 anos da Lei de Anistia, no Forte Santo Antônio, local onde funcionou durante o Regime Militar a Casa de Detenção onde presos eram custodiados. Durante o evento a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Governo do Estado (SJCDH) prestou homenagens às pessoas emblemáticas do movimento. Com a presença do governador Jaques Wagner; do secretário da SJCDH, Nelson Pelegrino; do ex-governador Waldir Pires, do procurador-geral de Justiça Lidivaldo Brito e do presidente da Fundação Pedro Calmon, Ubiratan Castro foi apresentado o documentário “Memórias Reveladas das Lutas Políticas da Bahia”, produzido a partir das informações levantadas por meio de pesquisas históricas da Comissão Especial Memórias Reveladas. Para Lídice é fundamental o reconhecimento histórico da luta pela Lei de Anistia, mesmo com as limitações existentes. “É necessário rememorar a história do Brasil e dar conhecimento aos jovens o quanto custou essa liberdade aos movimentos sociais, partidos, sindicatos e a sociedade”, ressalta. O governador Wagner destacou o caráter histórico do trabalho desenvolvido pela Comissão Especial. “A idéia do decreto 11.520/2009 é revisar a história sem rancor para a gente se espelhar e não erra de novo”, numa clara referência as sequelas do regime ditatorial. Segundo o governador é fundamental para a democracia que a história revisitada sem sentimento de revanchismo. História viva dos anos de repressão do Regime Militar, o ex-governador Waldir Pires, ressaltou a data como uma grande conquista. “Neste país politicamente lento que é o nosso a anistia era o passo inicial de reconquista das liberdades e dignidade que tinham sido violentadas, reprimidas durante os anos da Ditadura”. Pires foi obrigado a se exilar durante 6 anos no Uruguai e na França e só retornando ao país, após entendimento do Supremo Tribunal, que não procediam as acusações feitas pelos militares contra ele. Ativo militante da Diretas Já, o secretário de Turismo, Domingos Leonelli disse que a Lei de Anistia foi uma um luta contra uma imposição filosófica, política e militar que o Brasil não aceitou. Na entrada do forte, grande painéis da exposição fotográfica “Direito à Memória e à Verdade – A ditadura no Brasil 1964 – 1985” marcaram as homenagens, com imagens do tempo que ficou caracterizado como “Anos de Chumbo”.

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