sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Socialismo Contemporâneo foi tema de debate na FJM

Uma sociedade socialista é uma sociedade muito mais igualitária e justa! Esta foi a conclusão do debate “O que é ser socialista no mundo contemporâneo” realizado nesta quinta-feira (20), em Brasília, pela Fundação João Mangabeira. O debate, transmitido ao vivo pela TV João Mangabeira, contou com a participação do presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB) do Rio Grande do Sul, Caleb de Oliveira, da professora e historiadora Margarida Vieira, autora do livro Semeando Socialismo, e do primeiro-secretário do PSB e diretor da Fundação João Mangabeira, Carlos Siqueira. Referências à luta contra as desigualdades sociais, à crise do capitalismo, a devastação da Floresta Amazônica e a degradação do meio-ambiente foram bastante citadas ao defender um novo modelo de política de gestão. “Se não acharmos um novo modelo de sociedade não haverá futuro, porque o sistema capitalista terá acabado com o meio-ambiente”, afirmou o Caleb Vieira. Caleb defendeu a inserção de uma política igualitária. “Não podemos deixar as riquezas do Brasil nas mãos de alguns poderosos. Precisamos de uma sociedade igualitária. Quando não existe igualdade entre os cidadãos sequer existe política. Portanto, o socialismo que defendemos vem da política de conhecimento, sem destruir o meio-ambiente”, disse. A professora Margarida Vieira defendeu alguns pontos básicos que estão inseridos no programa do socialismo contemporâneo: uma sociedade igualitária, o respeito pelo bem público, direitos humanos com inclusão de todos, a defesa do meio-ambiente e uma sociedade solidária. Segundo ela, se o artigo 6º da Constituição Federal fosse realmente implantado teríamos uma sociedade mais justa. “O artigo 6º da Constituição trata dos direitos sociais para todos deste país, que são: educação, saúde, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e a infância e assistência aos desamparados. Este é o programa que o socialismo defende. O socialismo significa de um lado a visão crítica em torno dos problemas criados pela sociedade capitalista e de um outro lado a crença do ser humano em criar algo solidário para que todos possam ter direitos sociais e possam também aproveitar dos avanços tecnológicos sem destruir o planeta” Para o diretor da Fundação João Mangabeira, Carlos Siqueira, a discussão permitiu o reavivamento dos propósitos e desafios do socialismo no mundo globalizado. “Em tempos de globalização, a política vem sendo vítima de uma cruzada que busca desqualificá-la como atividade humana. Não se trata de desqualificá-la em geral, mas aquelas linhas de atuação e militância que não se adéquam aos princípios e requerimentos dos que têm estado no poder por gerações. E nessa sociedade, pretensamente sem política, impera a política da ordem, da exclusão, do autoritarismo. Ser socialista é, acima de tudo, empenhar-se na construção de um Estado democrático, pautado nos princípios de liberdade e solidariedade, atento às complexidades que o mundo contemporâneo apresenta”, afirmou Carlos Siqueira.

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