sábado, 8 de agosto de 2009

Wagner e Geddel encerram aliança

A novela da ruptura anunciada há mais de um ano entre o PT e o PMDB chegou ao fim. Na quinta-feira (6), o ministro Geddel Vieira Lima e o governador Jaques Wagner deixaram o tom diplomático e, com palavras “duras”, decretaram abertamente o fim da aliança que levou à conquista do governo do estado pelo PT em 2006.
Separados, ministro e governador criam dois palanques no estado para Dilma Roussef, nas eleições de 2010(Foto: Evandro Veiga )
Não houve um encontro para um adeus formal. Aconteceu justamente o contrário. O estopim para a quebra definitiva da aliança foi a recusa de Wagner em receber o titular da Integração Nacional para acertar a entrega dos cargos ocupados pelos peemedebistas na administração estadual.
“Não contratei ninguém por lote e não reconheço nenhum partido como agente de terceirização de mão-de-obra. Não preciso de intermediários para conversar com meus secretários. Quando eles quiserem, me procurem que dou a exoneração. Não vou receber o ministro para tratar desse assunto”, afirmou o governador.
Diante das declarações, ainda na noite de quinta-feira (6), os secretários Rafael Amoedo (Indústria e Comércio) e Batista Neves (Infraestrutura), além do diretor da Juceb, Afrísio Vieira Lima - pai de Geddel -, encaminharam suas cartas de exoneração, colocando ponto final na aliança.
Wagner disse que sua agenda estava repleta com “questões inadiáveis, como os problemas com a Polícia Militar e a corrida da Stock Car”. Em resposta, Geddel foi mais incisivo. Disse que “se arrependia da aliança que fez em 2006”.
Com o fim da aliança, o PMDB deve perder, além das duas secretarias, mais de 100 cargos na administração estadual. Órgãos importantes, como Sudic, Ebal, Agerba, Derba, Ibametro e Juceb são hoje controlados por peemedebistas.
O rompimento dos dois reforça a tese da existência de um segundo palanque na Bahia da ministra da Casa Civil e pré-candidata à Presidência, Dilma Rousseff, situação que já foi confirmada pelos peemedebistas e sempre rechaçada pelo PT baiano.

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