A senadora Lídice da Mata destacou nesta terça-feira (6/9), em pronunciamento feito no plenário, que a economia brasileira está sólida e deverá enfrentar com mais preparo qualquer turbulência internacional. “A economia brasileira está hoje mais bem preparada para resistir a turbulências do que em 2008, quando sobreveio a primeira onda da crise financeira internacional. Naquele ano, ficou claro que o Brasil galgou um novo e mais bem estruturado patamar de qualidade no conjunto de seus fundamentos econômicos. Por isso, se estávamos fortes em 2008, hoje estamos ainda mais”, disse ela.
Lídice defendeu ainda a redução das taxas básicas de juros afirmando que essa decisão dará um alívio nas contas públicas. “Não é preciso sublinhar o quanto essa redução poderá significar em termos de alívio fiscal e, tão importante quanto, numa redução geral do endividamento interno, seja do Governo, seja das empresas, seja das famílias”, afirmou a senadora. Ela ressaltou ainda que os preços das commodities estão em queda, o que pode colaborar nesse momento para reduzir as pressões inflacionárias, no caso de novo choque. Ainda listando fatores positivos, a senadora afirmou que o sistema financeiro nacional está funcionando sobre bases sólidas, ao contrário da crise de 2008 quando diversos bancos interromperam o fluxo de empréstimos por falta de liquidez.
No âmbito das iniciativas públicas, disse Lídice, também há boas notícias. A primeira delas, segundo a senadora, é que o Banco Central vem atuando decididamente no sentido de desestimular movimentos especulativos no mercado de derivativos. “Como muitos certamente se recordam, a primeira onda da crise encontrou várias empresas brasileiras fortemente alavancadas em derivativos cambiais. O equacionamento do nível de risco daí decorrente por certo postergou etapas críticas do esforço nacional de redução dos juros, mas serviu para afastar para longe o quadro de preocupações que então se configurava”, disse Lídice.
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