sexta-feira, 29 de maio de 2009

Lídice alerta para as altas taxas de mortalidade materna em Salvador

No dia em que se voltaram as atenções para a saúde da mulher (28/05), a deputada federal Lídice da Mata (PSB) alertou para as altas taxas de mortalidade materna registradas em Salvador. Pesquisa realizada pelo Programa de Estudos em Gênero e Saúde do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (MUSA/ISC/UFBA), mostra que somente em Salvador ocorrem 100 mortes maternas para cada grupo de 100 mil nascidos vivos. Outro dado ainda mais grave foi constatado pela pesquisa: 98% das mortes poderiam ter sido evitadas com ações básicas como o acesso a serviços médicos elementares, entre eles o pré-natal e o atendimento pós-parto.
A parlamentar acredita que para evitar a morte materna é preciso garantir o acesso universal a informações, ações e serviços de saúde, sobretudo no campo da saúde sexual e reprodutiva. “O nosso empenho deve ser em implementar a vigilância cidadã ou controle social. Prefeitos e governadores precisam aderir ao Pacto, num compromisso político e ético de acompanhar sua efetivação, tomando providências e assumindo a responsabilidade por cada morte materna e neonatal prevenível e evitável”.
Lídice lembrou ainda que, do total de mortes registradas, a maioria acontece em decorrência de abortos, como aponta o dossiê “A Realidade do Aborto Inseguro na Bahia”, organizado pelo Instituto Mulheres pela Atenção Integral à Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos (lmais), e divulgado em dezembro do ano passado. Países mais pobres que o Brasil, e com rendas per capita menores que a nossa, como o Uruguai, Chile e Cuba, têm coeficientes menores: cerca de 30 mortes maternas por 100 mil nascidos vivos.
A deputada reconhece os esforços empreendidos pelo governo federal nesse sentido e destaca o Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, lançado em 2004 com finalidade de reduzir em 15% os óbitos em mulheres e bebês, como uma das iniciativas mais bem sucedidas por um governo latino-americano. “O Pacto é, inegavelmente, uma política de grande magnitude e que revela o compromisso político do atual governo com o combate à mortalidade materna e a neonatal.”, reconhece.
Histórico - Ontem, 28 de maio, foi definida como Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher e Dia Nacional, Estadual e Municipal pela Redução da Mortalidade Materna. A data faz referência ao IV Encontro Internacional Mulher e Saúde (1984, Amsterdã, Holanda), durante o Tribunal Internacional de Denúncia e Violação dos Direitos Reprodutivos, ocasião em que a morte materna foi reconhecida como uma crueldade que afeta cotidianamente as mulheres em quase todo o mundo.
Assessoria de Imprensa

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