quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Salvador : Porto concentrador para o Turismo Marítimo?

Osvaldo Campos
Mais uma temporada de Cruzeiros Marítimos se aproxima e a infra-estrutura para o receptivo aos turistas e aos navios permanece com as mesmas limitações em Salvador. Segmento do turismo que apresenta as maiores taxas de crescimento no Brasil, seja na quantidade de passageiros como no número de navios, não vem tendo a contrapartida corespondente em Salvador. Enquanto Santos, Rio de Janeiro e Manaus, com apoio da iniciativa privada, investiram em novos terminais marítimos, o projeto no porto de Salvador permanece esquecido pela Codeba. A Prefeitura de Salvador vem atrapalhando em muito a viabilização do projeto, desde a gestão Imbassahy, por não compreender que a Codeba é uma empresa, e não pode abrir mão de seu patrimônio. Por outro lado, talvez pelo fato da Codeba ter tido seis diferentes presidentes nos últimos seis anos e não perceber o grande potencial econômico do projeto para a empresa , novo terminal de Cruzeiros permanece apenas como projeto. O turismo marítimo no Brasil além de apresentar altas taxas de crescimento , opera com taxas de ocupação de mais de 95%, a maior do mundo. Salvador, cidade com grande potencial para tornar-se um "hub-port" turístico, com mais de 100 escalas prevista para a próxima temporada, poderia se beneficiar em muito com a implantação de um moderno terminal de cruzeiros, que, com um projeto multi-uso semelhante ao Terminal de Amsterdan(foto), poderia abrigar grandes feiras, congressos e eventos culturais, requalificando o bairro do Comércio, e a economia da cidade. Tornando-se porto concentrador, Salvador passaria a suprir com produtos e serviços todos os navios que utilizassem o porto como base, trazendo desdobramentos econômicos para toda região de influência do porto. Para viabilização do projeto, cabe ao setor privado tomar a iniciativa e, ao novo presidente da Codeba, ter a sensibilidade para liderar o processo de requalificação do porto. Destaque-se que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, possui linhas de crédito específicas para este tipo de empreendimento no Nordeste. Também a Lei 9630 (Lei dos Portos), estabelece que a qualquer tempo poderá ser solicitada a abertura de processo licitatório de áreas e instalações no porto, e estabelece prazos para a tomada de decisão por parte da diretoria da Codeba e do CAP. Como o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Salvador já estabeleceu que as áreas dos armazéns 1 e 2 serão destinadas ao receptivo de Cruzeiros Marítimos, o assunto sendo levado ao CAP, certamente terá uma decisão favorável em caso de demora da diretoria em decidir.
Cabe agora à Codeba, realizar o quanto antes uma Audiência Pública, para colher subsídios da sociedade e divulgar junto ao setor privado o projeto.
Osvaldo Campos Magalhães, foi candidato a vereador em Salvador pelo PSB. Engenheiro e Mestre em Administração(UFBa), escreveu a Tese: Portos e Competitividade : A questão portuária na Bahia. É membro da Diretório Municipal do PSB em salvador

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