sábado, 22 de outubro de 2011

O Brasil corrupto, esta ficando chato


Acredito que grande parte do povo brasileiro deve estar decepcionada com o fracasso do projeto político que se instaurou no país nos últimos 9 (nove) anos, pelo menos ao que se apregoava no discurso político, da implementação da moralidade e austeridade na administração pública.

O objetivo deste texto não é analisar os escândalos políticos e financeiros da era petista e de seus aliados, e antes que me rotulem de oposicionista, declaro-me logo que sou filiado desde 2003, a um partido da base governista, o sexagenário, Partido Socialista Brasileiro- PSB, que justiça seja feita teve raríssimos integrantes envolvidos nestes episódios em todo o Brasil.

Declarada então a minha posição, começo observando o absurdo, extenso e ineficiente Ministério do Brasil e da Pres. Dilma, composto por 37(trinta e sete) pastas (contando-se com o Banco Central), vários sem nenhuma necessidade de existir e com funções que poderiam ser unificadas/racionalizadas em apenas uma pasta.

Só traçando um paralelo, mesmo descontando-se a realidade/peculiaridade de cada país, nos Estados Unidos, o governo Obama possui apenas 15(quinze) ministérios no 1º escalão e mais 11(onze) cargos importantes, porém não considerados de 1º escalão, como os diretores da FBI e CIA.

É uma diferença abissal, o que certamente provoca ao erário brasileiro gastos milionários para manutenção destas máquinas administrativas, como salários e gratificações, material de expediente, combustível, diárias, luz, telefone, celulares corporativos, segurança, passagens áreas, serviços terceirizados etc...

Estas premissas estão aqui colocadas como base do que abordarei a partir de agora, portanto, como em muitos ministérios não há o que fazer ou falta capacidade ou imaginação para produzir questões de relevância e interesse público, alguns ministros estão se dedicando a assuntos questionáveis.

O primeiro destaque vai para a tentativa do Ministério da Comunicação Social, formular um projeto de lei que estabeleça um controle da mídia, da imprensa de modo geral, neste projeto fala-se em marco regulatório, porém setores da comunicação, particularmente empresas de comunicação, preocupam-se com uma possibilidade de retrocesso a liberdade de expressão.

A ministra Iriny Lopes pertencente a uma corrente politica do PT, criticou uma propaganda de roupa intima protagonizada pelo modelo Giselle Bündchen, pedindo a retirada do comercial do ar, através de uma representação no Conselho Nacional de Auto Regulamentação Publicitária-Conar, que julgou pelo arquivamento do pedido considerando que o comercial não ofendia a dignidade das mulheres.

A mesma ministra Yriny condenou o fato de uma personagem feminina da novela Fina Estampa, vivida por Dira Paes, que apanha do marido constantemente, por não denunciá-lo, o que provocou a ironia do autor da novela que comentou o açodamento e a interferência descabida no seu processo de criação, e que no roteiro da novela haverá o momento em que o personagem agressor, vivido pelo ator Alexandre Nero, será punido.

O terceiro episodio da Ministra Iriny é a declaração de apoio ao Sindicato dos Metroviários de São Paulo que teria pedido a retirada do ar, dos personagens Janete e Valéria, do Programa Zorra Total que popularizou o bordão, “aí, como eu to bandida”, com a alegação de que o quadro estimularia o assédio ou abuso sexual, pois uma das personagens estimula a outra a aceitar as bolinações sofridas durante o trajeto no metro.

Recentemente uma piada de mau gosto do apresentador do CQC, da TV Bandeirantes Rafinha Bastos, se transformou em grande polemica e alcançou uma repercussão exagerada, certamente por que envolveu famosos e ricos, ao ponto do profissional ser afastado do programa. Este episódio gerou uma frase numa rede social, que reflete bem o Brasil de hoje quando ironiza, “No Brasil de hoje os políticos não são levados a sério, só os comediantes”.

Certamente não estou aqui propondo que não se respeite a dignidade humana ou a honra das pessoas, porém estes episódios citados exemplificam um exagero por parte de instituições governamentais, que deveriam sim, dar o exemplo de comportamento probo, ético no trato da coisa pública, porém não é exatamente isto que vivenciamos nestes últimos quadrantes da vida nacional, já que tentam passar para a sociedade um moralismo falso, disfarçado de politicamente correto.

A atividade pública no Brasil hoje e sempre, não serve e nunca serviu de exemplo de dignidade, austeridade e retidão para nenhum cidadão, precisamos mudar urgentemente e tornar o nosso país, uma nação de dirigentes e políticos honestos, mas sem perder o bom humor. Dignos sim, chatos não.

Edmo D'El-Rei Lima

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