domingo, 14 de março de 2010

Esquerda latino-americana fecha questão sobre luta pela unificação na região


Lutar pela unidade da América Latina e do mundo. Essa foi a conclusão dos representantes do Partido Socialista do Chile, da Frente Ampla do Uruguai e do Movimento al Socialismo da Bolívia durante a apresentação das experiências de governos de Esquerda nos seus respectivos países.
As palestras foram realizadas durante o primeiro painel do Seminário Internacional “As Experiências Socialistas Chinesa e de Governos de Esquerda em Países Capitalistas”, no Rio de Janeiro. A Esquerda do Chile, que sofreu um duro golpe ao ser derrotada nas últimas eleições, afirmou que manterá oposição democrática frente ao governo atual por vontade da própria sociedade. Fritz Machuca disse que “a falta de unidade por parte dos partidos de esquerda foi um dos principais motivos da derrota”. O Chile, hoje, vive as conseqüências de um dos maiores desastres naturais da sua história, atingido por um terremoto, em março, deixou prejuízos de US$ 30 bi. Fabián Fontoura Cairello da Frente Ampla do Uruguai explicou que a Esquerda chegou ao país depois de numerosas tentativas de unificação e de experiências do movimento sindical. “A chegada das forças da Esquerda ao governo nacional marcam o começo de uma etapa em que se tenta começar um projeto de país, inclusivo e democrático, centrado no desenvolvimento integral, no trabalho e no bem-estar de todos os uruguaios.
” A esquerda do Uruguai chegou ao poder em 2004 e tem um modelo de desenvolvimento que defende o crescimento econômico, distribuição de riqueza, desenvolvimento do Estado, do processo produtivo e sustentável, liberdade e participação. A última apresentação da manhã foi sobre a experiência socialista na Bolívia e ficou a cargo da líder camponesa e presidente da Constituinte daquele país, Leonilda Zurita Vargas. Segundo a boliviana, mais de 50% do governo de Evo Morales é composto por mulheres que lutam para mudar o cenário de discriminação e exclusão social, fatos ainda existentes, gerados ao longo de anos de governos conservacionistas vinculados ao sistema capitalista, como o de Gonzalo Louzada. Assim como os representantes dos outros países, Zurita Vargas reforçou a necessidade da união das nações da região. “Para alcançar o socialismo desejado por todos nós, é de fundamental importância a unidade da América Latina”, enfatizou. Toda a programação do Seminário é transmitida, ao vivo, pela TV João Mangabeira (www.tvjoaomangabeira.com.br).

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