
Tornou-se um pouco tempo uma das figuras de mais destaque na Câmara dos Deputados. E, conceituado como parlamentar e como jurista, passou a figurar entre as altas expressões da inteligência do país. Sua atuação política foi marcada pela defesa do Socialismo.
Foi Constituinte em 1934 e a luta contra a ditadura do Estado Novo lhe valeu 15 meses e meio de prisão. “Prefiro ficar preso por essa ditadura, a ficar livre, pactuando com ela”, afirmou em 1936. Em 1945 fundou a Esquerda Democrática, que deu origem ao Partido Socialista Brasileiro, criado dois anos depois. Em 1950, o Partido Socialista Brasileiro decidiu concorrer com candidato próprio às eleições presidenciais e escolheu o nome de João Mangabeira para a tarefa, que tinha o caráter de protesto, não havendo possibilidades eleitorais efetivas. Em jornal da época, João Mangabeira explica sua candidatura: "Os socialistas viram-se em face de uma triste realidade. Não tinham em quem votar. Todos os candidatos tinham entrado em conversas, confabulações ou barganhas com o partido integralista, e por isso mesmo assumido para com este os compromissos expressos ou implícitos que a honra impõe entre os companheiros de luta”. E prosseguiu: “Em face de tão grave situação, o Partido Socialista levantou as candidaturas antifascistas, marcando uma atitude histórica: a do combate aberto e franco ao neofascismo, que se articula em toda a parte, e no Brasil se apresenta de braço dado com os que se dizem democratas. O Partido Socialista assume, assim, o papel de único partido anti-fascista, porque é o único que não tratou com os integralistas. É nestas condições que as candidaturas socialistas se apresentam. É sob tal bandeira que o Partido Socialista apela para o povo brasileiro.
Apela para os trabalhadores e para a classe media, que somente sob um governo socialista, poderão ver satisfeitas suas aspirações, incompatíveis "com o sistema econômico conhecido como capitalista". Apela para a consciência livre dos verdadeiros democratas. Votar nos candidatos socialistas é votar contra o neofascismo”.
João Mangabeira foi, também, Ministro da Justiça no Governo Parlamentarista de João Goulart e faleceu em 1964
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