terça-feira, 31 de maio de 2011

Lídice diz que diante do abandono das unidades do Cidade Mãe só resta apelar ao Ministério Público

Mato com mais de um metro de altura, portas e armários arrombados, computadores destruídos, livros espalhados pelo chão, sujeira por todos os recintos. O abandono da Empresa Educacional de São Marcos foi registrado em fotos que a vereadora Marta Rodrigues(PT) exibiu nesta segunda-feira, (31), na abertura da audiência pública Cidade Mãe “Não deixe este projeto acabar”, e que chocaram o auditório do Centro de Cultura da Câmara Municipal do Salvador.
“Mato com mais de um metro de altura, portas e armários arrombados, computadores destruídos, livros espalhados pelo chão, sujeira por todos os recintos. O abandono da Empresa Educacional de São Marcos foi registrado em fotos que a vereadora Marta Rodrigues(PT) exibiu nesta segunda-feira, (31), na abertura da audiência pública Cidade Mãe “Não deixe este projeto acabar”, e que chocaram o auditório do Centro de Cultura da Câmara Municipal do Salvador.
“Eu relutei muito em vir, porque não queria que essa audiência fosse caracterizada como parte de uma disputa eleitoral, até porque, o interesse das famílias assistidas pelo Cidade Mãe está muito acima disso. Mas agora não há mais explicação a ser dada, só nos resta apelar ao Ministério Público”, indignou-se a senadora Lídice da Mata, presente ao encontro.
Segundo o presidente da Associação de Moradores de São Marcos, Anailton Cândido, a única saída encontrada pela população do bairro para salvar o pouco que resta da unidade foi promover uma ocupação do recinto. “Estamos nos revezando há quatro dias no local porque ali estava virando um antro de prostituição e tráfico de drogas. Os vigias foram demitidos, ninguém mais quer ir trabalhar lá”, disse, emocionado.
O secretário municipal do Trabalho, Assistência Social e Direitos do Cidadão (Setad), Oscimar Torres, disse que o orçamento municipal não comporta a realização de todos os desejo do prefeito João Henrique e que a situação de Salvador é agravada pelo bloqueio de verbas federais por conta de obras inacabadas. Ele responsabilizou a Câmara de vereadores pelo diminuto orçamento da pasta, de apenas R$ 11 milhões em 2011, e pediu auxílio à senadora com emendas para a assistência social de Salvador.
“Eu sempre me coloco ao lado do interesse da população baiana, como fiz na semana passada quando estive ao lado do secretário Jorge Solla e do prefeito João Henrique em Brasília tentando encontrar uma saída para os abrigos de Salvador junto ao Ministério da Saúde. Mas isso não depende só de verba, depende de vontade política, pois quando fui prefeita não tinha a metade da verba de hoje e nunca deixei a situação chegar a este ponto”, ponderou. “Fico muito feliz em ver na Setad alguém com tradição de luta democrática que não vai querer jogar este passado na lata do lixo”, completou.
Compuseram a mesa ainda o promotor de Justiça Evandro Luís Santos de Jesus; pelo coordenador do escritório do UNICEF para a Bahia e Sergipe, Ruy Pavan; os presidentes do Centro de Cultura Popular (Cecup), Edmundo Ribeiro Kroger e do Conselho Municipal de Crianças e Adolescentes (CMDCA), Renildo Barbosa, a ex-presidente da Fundação Cidade Mãe, Yara Farias, e o fundador do projeto Axé, Cesare La Rocca.
"Quero repudiar aqui o não comparecimento do presidente da Fundação Cidade Mãe, que não poderia se furtar de explicar à população os motivos do abandono deste programa", criticou o líder comunitário Arnaldo Oliveira, referindo-se à ausência de Carlos Alberto Lamoso Fráguas, que havia sido convidado para o evento.

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